Avanços na pesquisa agrícola reduzem o uso da terra e apoiam a conservação da biodiversidade

A estudo da Purdue University, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, examina o impacto das tecnologias agrícolas aprimoradas sobre o uso da terra, a biodiversidade e a produção de alimentos. Liderada por Uris Baldos, a pesquisa analisou dados de 1961 a 2015 e descobriu que os avanços nas variedades de culturas reduziram o uso global de terras cultiváveis, preservaram os estoques de carbono terrestre e mitigaram a perda de biodiversidade.
O estudo identificou que as variedades de culturas melhoradas contribuíram para a preservação de 1.043 espécies de plantas e animais, sendo que 80% das perdas evitadas ocorreram nos principais hotspots de biodiversidade. O uso de terras agrícolas diminuiu em mais de 39 milhões de acres, enquanto a produção aumentou em 226 milhões de toneladas métricas, levando a uma queda de quase 2% nos preços das safras.
Uma parte significativa desses ganhos foi atribuída ao Consultative Group on International Agricultural Research (CGIAR), que foi responsável por 47% dos aumentos de produção nos países em desenvolvimento. Essas tecnologias também ajudaram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade.
A pesquisa utilizou o modelo SIMPLE-G da Purdue, integrando dados de satélite e conjuntos de dados de longo prazo sobre a adoção de variedades de culturas. Diferentemente de estudos anteriores focados em regiões mais amplas, este estudo empregou uma resolução espacial em escala fina para avaliar os impactos sobre a biodiversidade com mais precisão.
Os resultados destacam a importância do investimento contínuo em pesquisa agrícola para sustentar os ganhos de produtividade, aumentar a segurança alimentar global e minimizar os impactos ambientais. O estudo foi apoiado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional e pelo Serviço de Pesquisa Econômica do USDA.
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